Você sabe o que pode surgir da colaboração entre um humano, algoritmos e computação na nuvem? Dificilmente você saberá definir o que, mas que qualquer coisa pode surgir dessa combinação, é verdade. O Design Generativo surge exatamente da colaboração entre o designer para dar vida a projetos e criações únicas através da impressão 3D.
Explicando um pouco melhor, o Design generativo é uma tendência que está em alta e promete ser uma solução capaz de mudar os processos de design atuais. Isso porque ele utiliza algoritmos de inteligência artificial, métricas e restrições para dar origem a milhares de opções de design eficientes e otimizados, que dificilmente seriam processadas por um design ou outro profissional.
Quanto a aplicação dessa tecnologia, ela vem se mostrando vantajosa para áreas médicas e mecânicas, mas seu potencial para setores como a arquitetura também vem crescendo. Temos alguns exemplos internacionais do uso dessa tecnologia, um dos mais conhecidos é o caso do Airbus A320, através do design generativo, desenvolveu uma partição de cabine de avião mais leve e resistente, e como isso pode fazer diferença? Além da resistência um fator importante, uma aeronave mais leve significa economia no combustível.
Sobre o processo
Quer mais um exemplo? A Autodesk pretende mesmo alavancar essa tecnologia, a prova disso é o Projeto Dreamcatcher, um sistema que faz uso do design generativo através de métricas e restrições para propor inúmeras sugestões que atendam aos objetos do designer. Abaixo uma das experiências com o Dreamcatcher.
A Autodesk é uma das empresas que disponibiliza softwares voltados especialmente para o design generativo. O Autodesk Within é um software já comercializado que trabalha através da otimização de estruturas sólidas, com o objetivo de manter características essenciais como resistência, peso e tração. Um dos exemplos atuais do uso do design generativo através do Autodesk Within é a prótese utilizada pela paratleta alemã Denise Schindler.
Em parceria com a Autodesk, a atleta fez parte de um projeto para explorar as finalidades da aplicação do design generativo. O processo envolveu a modelagem da prótese em outro produto, o Fusion 360, após a modelagem a peça foi trabalhada no Autodesk Within para otimização do peso e aerodinâmica e em seguida, impressa em uma impressora 3D. O resultado desse processo? Uma prótese otimizada, leve, barata e pronta para usar em apenas 5 dias. Projetos como os desenvolvidos pela Autodesk, ou o da própria Airbus, são apenas o início do uso do design generativo, que está cada vez mais acessível, e aos poucos parece revolucionar o campo do design.
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